Minas Gerais lidera novos casos de trabalho análogo à escravidão na “Lista Suja”, diz MTE
Casos foram em Serra do Salitre, Lagoa Formosa, Coromandel, São Gotardo, Guimarânia e Patrocínio

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “Lista Suja”. Nesta nova versão, estão 159 empregadores, 20% a mais que no ano passado.
A atualização ocorreu entre 2020 e 2025, no qual 1.530 trabalhadores foram resgatados da exploração, conforme a Auditoria Fiscal do Trabalho. No total, foram registrados 33 casos em Serra do Salitre, Lagoa Formosa, Coromandel, São Gotardo, Guimarânia e Patrocínio.
Vale destacar que a inclusão na “Lista Suja” só ocorre após a conclusão dos processos administrativos e quando os nomes permanecem publicados por dois anos. Além das novas inclusões, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado o período.
Os estados com maior número de inclusões foram Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Entre as atividades econômicas, está a criação de bovinos para corte (20 casos), serviços domésticos (15), cultivo de café (9) e a construção civil (8).
Segundo o MTE, a “Lista Suja” é publicada de forma semestral e tem o intuito de dar transparência aos resultados das ações fiscais de combate ao trabalho escravo. Nas ações, são lavrados autos de infração para cada irregularidade trabalhista identificada.
As denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser realizadas de forma remota e sigilosa por meio do Sistema Ipê. Ressalta-se que a plataforma é exclusiva e está totalmente integrada ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.
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